sábado, outubro 31, 2009




"só você me faz sentir,

cabeça nas nuvens e os pés no chão

Eu te dei meu coração..."

Pimentas ***



sexta-feira, outubro 30, 2009


Cabecinha de vento.






"... Então a raposa apareceu.
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, o Pequeno Príncipe respondeu educadamente. Quem é você? Você é tão bonita de se olhar.
- Eu sou uma raposa, disse a raposa.
- Venha brincar comigo, propôs o Pequeno Príncipe. Eu estou tão triste.
- Eu não posso brincar com você, a raposa disse. Eu não estou cativada.
- O que significa isso - cativar?
- É uma coisa que as pessoas freqüentemente negligenciam, disse a raposa. Significa estabelecer laços.
- Sim, disse a raposa. Para mim você é apenas um menininho e eu não tenho necessidade de você. E você por sua vez, não tem nenhuma necessidade de mim. Para você eu não sou nada mais do que uma raposa, mas se você me cativar então nós precisaremos um do outro.

A raposa olhou fixamente para o Pequeno Príncipe durante muito tempo e disse:
- Por favor cativa-me.
- O que eu devo fazer para cativar você?, perguntou o Pequeno Príncipe.
- Você deve ser muito paciente, disse a raposa. Primeiro você vai sentar a uma pequena distância de mim e não vai dizer nada. Palavras são as fontes de desentendimento. Mas você se sentará um pouco mais perto de mim todo dia.

No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens por exemplo a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos.

Então o Pequeno Príncipe cativou a raposa e depois chegou a hora da partida dele.
- Oh!, disse a raposa. Eu vou chorar.
- A culpa é sua, disse o Pequeno Príncipe, mas você mesma quis que eu a cativasse.
- Adeus, disse o Pequeno Príncipe.
- Adeus, disse a raposa. E agora eu vou contar a você um segredo: nós só podemos ver perfeitamente com o coração; o que é essencial é invisível aos olhos. Os homens têm esquecido esta verdade. Mas você não deve esquecê-la. Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa."


(Saint-Exupéry) ***

quinta-feira, outubro 29, 2009

Sobre o fim do inverno




Era uma vez uma menina...

Ela não sabia bem se eram os ares do fim de agosto, mas aquele inverno já tinha mesmo o sabor da primavera. Talvez fossem as mãos dadas, os passeios diários, a praça, o futebol ou o videogame, no entanto, para ela, era só o perfume que ficava na brisa de cada palavra soprada por ele, isso bastava. E ele era a própria primavera, era o vento, a rosa, o vinho e o sol, tudo ao mesmo tempo.
Mas como em todo bom agosto, ou mau agosto-mau agouro, o coração da menina não passaria impunemente. A brisa veio, passou como um furacão e foi buscar outro jardim pra soprar suas palavras perfumadas. E ela ficou com o coração no escuro, no frio do final de um inverno que não teria fim tão logo.
Então ela se acostumou a enxergar sem o sol que lhe fora tirado e aprendeu a aceitar o que viesse, mesmo que fosse apenas um tantinho. Vieram tantos verões e tantas primaveras invernadas que ela já não se importava. E ele continuava a soprar perfumes por jardins que não lhe pertenciam, ele nem ao menos sabia da escuridão que a menina vivia, nem poderia...
E foi no fim de outubro, no meio de uma daquelas primaveras geladas que ela sentiu aquela brisa novamente, aquele mesmo perfume... É ele! Ele, que vem e promete o calor pra acabar com o inverno instalado no seu coração; ela aceita de bom grado, mas e se esse for um trato tardio, talvez não seja, quem sabe? Porque ele desaprendeu a ser vento, rosa, vinho e sol, e ela já não sabe se ainda pode se aquecer.

Então a menina espera pelo verão...





"Moço, maltratar não é direito
Essa mágoa no meu peito
Você sabe de onde vem
Isso é desamor
E não tem jeito
Um amor quando desfeito
Sempre faz alguém chorar
Eu chorei saudade
Tá doendo
E lá vem você querendo
Outra vez me maltratar..."

Maria Rita

quarta-feira, outubro 28, 2009



Eu hoje acordei triste, - há certos dias

em que sinto essa mesma sensação

E não sei explicar qual razão,

porque as mãos com que esrevo estão tão frias...

JG de Araujo Jorge



segunda-feira, outubro 26, 2009

Sobre o combinado


É engraçado isso de combinar as coisas; combinar de sair, viajar, trabalhar, estudar e por aí vai... Porque a gente tem a impressão (ou falsa impressão) de que se combinar vai ser melhor ou mais organizado. Mas o engraçado é que na maioria das vezes o combinado não dá muito certo, não sai como combinado ou simplismente não sai. Por isso que o que acontece espontaneamente é tão melhor, pelo menos eu acho né, porque as melhores coisas geralmente acontecem quando a gente não está esperando, tudo bem, as piores também. Mas pelo menos com o inesperado podem vir surpresas boas e a gente não corre o risco de se frustrar por planejar em vão...





"Eu despertei com um choque

quando
você pegou minha mão te percebi

com outros olhos então..."

Pimentas

quinta-feira, outubro 22, 2009

Sobre o que eu queria escrever


Passei a manhã inteira pensando no que escrever. Pensando na vida, nas escolhas que a gente faz, o que eu estou sentindo, o que estou pensando e não vinha nada, vazio total...
Então eu me deparei com essa imagem, tão linda que chega a ser surreal. Parece que é um novo fenômeno que a Nasa ou sei lá quem descobriu, mas é tão bonito que eu não me dei ao trabalho de procurar saber o que é...

Aí eu parei pra pensar que a gente passa tanto tempo pensando e tentando resolver problemas que acaba esquecendo que ainda existe muita coisa boa por aí. É trabalho - problema, faculdade - problema, dinheiro - problema, namoro - problema, família - problema, enfim, são tantos problemas atropelando o que é bonito e sufocando os nossos sonhos.
Pois bem, pra sair um pouco dessa de problema, resolvi deixar essa imagem pra exaltar o que é belo nessa vida. Ah! Também decidi transformar meu 'bad day' de ontem em um super 'happy day' hoje! Eu não lembro onde foi que eu li que alguém escreveu em algum lugar que a gente é quem escolhe se o dia vai ser bom ou ruim. Então vai ser assim daqui pra frente, todo dia uma escolha, um de cada vez...

***

Mas não se desapontem nem me culpem se uma vez ou outra o dia for nublado...

***

"Não é a vida como está e sim as coisas como são..."

Legião Urbana


Happy Day pra vocês!!!

terça-feira, outubro 20, 2009

Sobre o que deve ser


Sinto muito, se é assim que tem que ser. Se, no fim das contas, eu não nasci pra você

eu juro, eu deixo assim ficar.

Mas é que eu pertenço a você, sempre foi assim.

Há algum tempo eu te dei meu coração e não me lembrei de pegá-lo de volta,

o que sobrou dele.

Nem o quero e, embora, há tempos ele esteja largado num cantinho de ti,

é assim que vai estar mesmo, empoeirado.

Então não volte, não prometa, não revolte esse meu coração – teu.




"Flores crescem no asfalto, debaixo dos meus pés

Deixo o dia para trás

Sono e sonho a noite me traz

Deixo o dia para trás

E a dor"

Zeca Baleiro

Karol Duarte

segunda-feira, outubro 19, 2009

Sobre quem sou eu



Eclética, excêntrica, de lua, de veneta, ou o que você julgar melhor...
Gosto de rock, mpb, jazz, soul, mas as vezes me pego ouvindo axé ou ainda: sertanejo. Sabe aquelas musicas horríveis as quais as letras drásticamente cabem como uma luva naquele momento sua vida? Então...

Falo alto, converso muito, dou risada pra caramba (quando pode e principalmente quando não pode), gosto de estar rodeada de pessoas, conhecidas ou não, mas as vezes ficar sozinha é tão bom. Já saí de salto alto e voltei descalça, me programei durante semanas e então resolvi ficar em casa. Já namorei sem gostar, já gostei sem namorar, já comi sem estar com fome, já fiquei com fome porque estava de regime, já me arrumei e não fiquei satisfeita, já saí de bermuda e havaianas me achando linda. Gosto de coisas de menina, roupa de criança, mas vira e mexe pinto as unhas de vermelho...

Odeio quando minha mãe me manda fazer um monte de coisas, mas sinto a maior falta quando ela está longe. Quando triste, passo o dia sorrindo, como se o meu riso fosse uma espécie de antídoto, ou máscara, ou as duas coisas. Se estou feliz então, aí é que eu rio mesmo. Eu gosto mesmo de fazer amigos e morro de saudade dos antigos. Muitas vezes estou muito feliz, mas não estou pra conversa, outras, preciso conversar só pra ver se me animo. Choro com ou sem motivo, em filme, novela e até em desenho! Coisas do TemPeraMento. Já fiz de tudo um pouco, mas sempre paro pela metade. Estou em constante mudança...

É mais ou menos assim...